sexta-feira, 12 de junho de 2015

EU SOZINHO




                                                                    
É domingo... Eu vagando perlas ruas... Quantos ficam também perambulando pelas ruas no domingo. Não sou diferente de ninguém. 

Mas... e a solidão. A solidão ataca os que estão sós. Eu estou só... E solidão presente... É estando só que o ser humano se conscientiza do que ele realmente é. 


Olho nos espelhos dos bares e uma voz forte e surda me diz: você é isto. Não fuja.


Nas ruas  passam pessoas em busca de seus destinos. Quem sabe ao encontro da amada?! Mas eu estou só. 


Ando e não saio do mesmo lugar. As pessoas estão indiferentes à minha solidão. Não notam a minha presença. Sou mais um a caminhar pelas ruas, sou mais um a preencher os vazios nas calçadas, sou mais um a atravessar nos sinais, sou mais um para parar em um bar, comer e beber alguma coisa,  e jogar o resto fora.


Retorno à minha morada. A solidão vem atrás de mim. Entra correndo e vai para o meu quarto.


 Não há como expulsá-la. Ela entra nas gavetas, embaixo da cama, em cima dos móveis.  


Quer vir para a minha cama e deitar-se comigo. Não consigo expulsá-la e, em vão, tento fazê-lo... 


Acabamos dormindo juntos.

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