quinta-feira, 7 de maio de 2015

MULTIDÃO NAS RUAS



Saio de casa e vou  à rua.
Olho para os lados e observo o agito da multidão.
Menores de cinco, seis, sete, oito anos vagam pelas ruas sem os responsáveis.

Mendigos pedem esmolas.
Crianças uniformizadas caminham apressadamente para chegarem aos colégios.

Os bares estão cheios.
Pessoas açodadamente pedem salgadinhos, sucos refrigerantes, refrescos...

Adolescentes distribuem fôlderes quase que obrigando as pessoas a aceitá-los.
Outros adolescentes, esquálidos, e balbuciando frases ininteligíveis vagam pelas ruas.
É o poder das drogas sobre eles.

Observo lojas de roupa, bares, lanchonetes, padarias, quartéis, museus, estúdios fotográficos, correios, colégios...

Tudo nos seus devidos lugares.

Sem muito esforço, percebo os contrastes sociais: pessoas paupérrimas ao lado de um BMW, e famintos passando nas calçadas de restaurantes de luxo.

Tudo nos seus devidos lugares.

Um rapaz vende batatas fritas.
A multidão faz fila, na ânsia de degustar a deliciosa iguaria.

Mendigos espreitam os bares e fustigam os fregueses, na esperança de lhes pagarem um alimento qualquer.

Pessoas entram nas lojas e fazem suas compras sob o olhar perspicaz dos seguranças.
Olho para mim mesmo e noto que sou também mais uma peça nesse imenso complexo.
Prossigo o meu caminho...
     

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